O pai da menina Isabella Nardoni, 5, Alexandre Nardoni, 29, e a mulher dele, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, deixaram o IML (Instituto Médico Legal) em liberdade, no final da tarde desta sexta-feira. Os dois seguiram sob escolta policial para a casa do pai de Nardoni, no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo. Trata-se da mesma região onde os dois moravam e onde a filha dele, Isabella Nardoni, 5, foi morta no último dia 29 de março.
Nardoni e Jatobá estavam presos desde quinta-feira passada (3) por serem apontados pela Polícia Civil como suspeitos da morte da menina. Nesta sexta-feira, os dois foram libertados graças à concessão de um habeas corpus pelo desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.
Pouco mais de quatro horas depois de a expedição da decisão, Nardoni deixou a carceragem do 77º DP (Santa Cecília) e Jatobá, a do 89º DP (Portal do Morumbi). Houve tumulto na saída dos dois. Policiais afirmaram que Nardoni ficou assustado com o barulho feito pela imprensa e pelos curiosos e que Jatobá chorou ao saber que seria solta. Na saída, em meio ao tumulto, ela afirmou: "Não sou assassina". Depois de deixarem as delegacias, os dois foram levados para o IML para fazer exames de corpo de delito --procedimento de praxe na liberação de pessoas que estiveram detidas.
Em sua decisão, o desembargador apóia a concessão do habeas corpus no entendimento de que as provas contra Nardoni e Jatobá são insuficientes.
"Qualquer decisão que se profira não pode vir fundada em simples e falíveis suspeitas, em desconfianças ou deduções cerebrinas, ditadas pela gravidade e clamor decorrentes de um crime", afirmou. O desembargador considerou ainda o fato de Nardoni e Jatobá terem se apresentado à Polícia Civil espontaneamente, após a decretação da prisão.
Novas provas
O promotor de Justiça Francisco Cembranelli afirmou nesta sexta-feira que as polícias Civil e Técnico-Científica já têm "informações preliminares" que vinculam Nardoni e Jatobá às lesões sofridas por Isabella no dia em que ela morreu. Ele afirmou que respeita a decisão de liberar o casal como uma decisão processual, mas que ainda não acredita na versão da defesa --a de que o crime foi cometido por uma terceira pessoa.
Na sexta-feira passada (4), Cembranelli concedeu entrevista coletiva e classificou a versão apresentada pelo casal para a noite do crime de "fantasiosa".
Investigações
Nardoni e Jatobá estavam presos por força de um mandado de prisão temporária válido por 30 dias (porém prorrogáveis por mais 30 dias) que foi concedido pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri.
No pedido de prisão, a Polícia Civil, corroborada pelo Ministério Público, argumentava que, uma vez solto, o casal retornaria ao apartamento em que o crime ocorreu, prejudicando o acesso dos peritos, e entraria em contato com testemunhas como funcionários do prédio e vizinhos, dificultando o andamento do inquérito.
No pedido de habeas corpus, a defesa do casal argumentou que os dois têm endereço fixo, não possuem antecedentes criminais e não oferecem risco às investigações.
Depoimentos
Desde o crime, há 13 dias, a Polícia Civil ouviu o depoimento de mais de 40 testemunhas e a perícia retornou diversas vezes ao local do crime, o prédio em que o pai de Isabella mora, e aos arredores --as imagens feitas pelo circuito interno de vigilância do prédio da frente, que revelariam o horário em que a família de Isabella chegou ao prédio, são analisadas.
O inquérito, atualmente, corre em segredo, por determinação do delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP (Carandiru), que preside o procedimento.
Nardoni e Jatobá estavam presos desde quinta-feira passada (3) por serem apontados pela Polícia Civil como suspeitos da morte da menina. Nesta sexta-feira, os dois foram libertados graças à concessão de um habeas corpus pelo desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.
Pouco mais de quatro horas depois de a expedição da decisão, Nardoni deixou a carceragem do 77º DP (Santa Cecília) e Jatobá, a do 89º DP (Portal do Morumbi). Houve tumulto na saída dos dois. Policiais afirmaram que Nardoni ficou assustado com o barulho feito pela imprensa e pelos curiosos e que Jatobá chorou ao saber que seria solta. Na saída, em meio ao tumulto, ela afirmou: "Não sou assassina". Depois de deixarem as delegacias, os dois foram levados para o IML para fazer exames de corpo de delito --procedimento de praxe na liberação de pessoas que estiveram detidas.
Em sua decisão, o desembargador apóia a concessão do habeas corpus no entendimento de que as provas contra Nardoni e Jatobá são insuficientes.
"Qualquer decisão que se profira não pode vir fundada em simples e falíveis suspeitas, em desconfianças ou deduções cerebrinas, ditadas pela gravidade e clamor decorrentes de um crime", afirmou. O desembargador considerou ainda o fato de Nardoni e Jatobá terem se apresentado à Polícia Civil espontaneamente, após a decretação da prisão.
Novas provas
O promotor de Justiça Francisco Cembranelli afirmou nesta sexta-feira que as polícias Civil e Técnico-Científica já têm "informações preliminares" que vinculam Nardoni e Jatobá às lesões sofridas por Isabella no dia em que ela morreu. Ele afirmou que respeita a decisão de liberar o casal como uma decisão processual, mas que ainda não acredita na versão da defesa --a de que o crime foi cometido por uma terceira pessoa.
Na sexta-feira passada (4), Cembranelli concedeu entrevista coletiva e classificou a versão apresentada pelo casal para a noite do crime de "fantasiosa".
Investigações
Nardoni e Jatobá estavam presos por força de um mandado de prisão temporária válido por 30 dias (porém prorrogáveis por mais 30 dias) que foi concedido pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri.
No pedido de prisão, a Polícia Civil, corroborada pelo Ministério Público, argumentava que, uma vez solto, o casal retornaria ao apartamento em que o crime ocorreu, prejudicando o acesso dos peritos, e entraria em contato com testemunhas como funcionários do prédio e vizinhos, dificultando o andamento do inquérito.
No pedido de habeas corpus, a defesa do casal argumentou que os dois têm endereço fixo, não possuem antecedentes criminais e não oferecem risco às investigações.
Depoimentos
Desde o crime, há 13 dias, a Polícia Civil ouviu o depoimento de mais de 40 testemunhas e a perícia retornou diversas vezes ao local do crime, o prédio em que o pai de Isabella mora, e aos arredores --as imagens feitas pelo circuito interno de vigilância do prédio da frente, que revelariam o horário em que a família de Isabella chegou ao prédio, são analisadas.
O inquérito, atualmente, corre em segredo, por determinação do delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP (Carandiru), que preside o procedimento.
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