segunda-feira, 1 de outubro de 2007

estreia DUAS CARAS



A novela apresentou a atriz Marjorie Estiano vivendo sua primeira protagonista numa novela global, tendo os atores Dalton Vigh e Alinne Moraes como os antagonistas. No elenco também se encontraram Antônio Fagundes, Susana Vieira, José Wilker e Renata Sorrah como co-protagonistas.

Prelúdio e Primeira Fase
Juvenaldo, quando criança, mora com o pai, Gilvan, e uma penca de irmãos em uma favela de palafitas em Igarassu, Pernambuco. Sem condições de sustentar a família, o pobre homem vende o filho a um estelionatário chamado Hermógenes Rangel[3]. Rebatizado de Adalberto Rangel, o menino abandona a família e segue estrada afora com seu novo tutor, seguindo seus passos criminosos.

Os anos passam e a história chega no ano de 1997. Adalberto, já adulto, quer ganhar sua própria fortuna sem depender do seu mestre. Decidido a sumir de circulação, aplica um golpe em Hermógenes e foge com todo o dinheiro deste.

Durante a fuga, provoca de forma involuntária um grave acidente. Revistando os pertences das vítimas, o casal Waldemar e Gabriela, Adalberto descobre uma mala com dinheiro, apólices e a fotografia de uma jovem. Segue então para Passaredo, uma pequena cidade do interior do Paraná ao encontro da órfã, Maria Paula. Inventando uma mentira,Adalberto diz que, Gabriela pediu, antes de morrer, que ele cuidasse da moça. Os amigos da herdeira - sua governanta, Jandira, a filha da governanta e melhor amiga de infância, Luciana, e seu advogado e melhor amigo, Dr. Claudius (que é secretamente apaixonado por Maria Paula) - tentam alertá-la, mas o golpista é rápido e, mesmo no dia do velório de seus pais, ela é seduzida pelo vigarista e aceita se casar com ele. Pouco tempo depois, ela descobre que seu marido desapareceu, levando todos os seus bens e deixando-a grávida e na miséria. Maria Paula, disposta a recomeçar a vida, parte para a cidade de São Paulo. O golpista, por sua vez, muda o rosto, o nome e o estilo de vida. Faz uma cirurgia plástica, compartilhando esse segredo apenas com Bárbara Carreira - a prostituta com quem perdeu a virgindade, que se tornaria seu braço direito por toda a vida - e transforma-se no respeitável empresário da construção civil Marconi Ferraço. Agora milionário, ele compra uma construtora quase falida, a GPN.

Entretanto, os vários nordestinos que vieram trabalhar na construtora, e que ficaram desabrigados com sua falência, se negaram a deixar o local e encontraram apoio na figura de Juvenal Antena, chefe da segurança, que se juntou aos operários na luta por seus direitos. E foi num terreno baldio próximo à antiga obra da GPN que ergueu-se a Favela da Portelinha, um local onde Juvenal não deixaria faltar nada para seus moradores. Drogas e violência não eram permitidas. Quanto a isso, o carismático líder era irredutível.

Ferraço montou sua equipe de trabalho e associou-se ao engenheiro Gabriel Duarte - marido da perua Maria Eva, fã de Evita Perón - e ao advogado Paulo Barreto, o Barretão, um especialista em encontrar brechas para driblar a lei. Juvenal, por sua vez, ganhava cada vez mais prestígio na Portelinha e sabia que podia contar com sua gente. Admirado, ele vai se transformando aos poucos em um líder acima do bem e do mal.


[editar] Segunda Fase
Dez anos se passam. Ferraço é um respeitável empresário, tendo Bárbara como sua governanta. Decide conquistar Maria Sílvia, moça milionária, elegante e insensível que passou muitos anos estudando na Universidade de Sorbonne, em Paris. Ela se apaixona por ele e aceita se casar. No dia da festa de noivado de Sílvia e Ferraço, Maria Paula, coincidentemente, decide se mudar para a cidade do Rio de Janeiro onde Ferraço mora. No Rio, ela descobre que Ferraço é Adalberto Rangel e o desmascara na frente de todos. Ferraço descobre que tem um filho com Maria Paula, Renato, de 10 anos e decide se aproximar do garoto apenas para evitar que a ex-mulher o ponha atrás das grades. Porém, Sílvia, que tem um ciúme doentio por Ferraço, passa a odiar a criança, pois o empresário desenvolve um afeto verdadeiro pelo filho. A situação se complica com a festa de Renato, organizada por Maria Paula na casa de Ferraço. O que seria uma constrangimento para o empresário e sua ex, será o momento de os dois perceberem que ainda sentem alguma coisa um pelo outro. E o pior ainda está por vir: Sílvia se atira da escada da casa do noivo para estragar a festa. E a história vai se complicando ainda mais, pois Sílvia se mostra uma psicopata perigosíssima à beira da loucura. Entre outros atos criminosos, Sílvia tenta matar Renato afogado - levando uma surra de Maria Paula por isso - , entrega ao menino um dossiê com a prova de que Ferraço roubou todos os bens de Maria Paula e até mesmo atira na rival, mas a bala atinge o vilão.

O pai de Sílvia, João Pedro, possuía um romance extraconjugal há mais de 20 anos com Célia Mara, casada com o mecânico Antônio e mãe de Clarissa. Tantos anos se passaram que Célia acabou se transformando em uma "amante com cara de esposa". Ele a conheceu antes de se casar com a poderosa Branca, mãe de Sílvia. Mulher de requinte, moradora de um luxuoso condomínio da Barra, forte e determinada, Branca descobre, no dia seguinte ao da morte do marido, que ele tinha uma amante, e por isso trata de se desvencilhar do título de viúva. Assume a presidência do conselho da Universidade Pessoa de Moraes, da qual é proprietária, e a transforma em uma instituição de absoluta excelência na educação superior do Brasil. Em determinado momento, incomoda-se com a aproximação entre o professor Francisco Macieira - um antigo amigo que ela convida para ser reitor e torna-se seu namorado - e Célia Mara, a qual passa a estudar na sua universidade. Porém, um fato inesperado vai fazer essas duas inimigas conviverem no mesmo espaço e se confrontarem ainda mais. Por uma ironia do destino, Célia Mara administra 50% da universidade, já que Clarissa, sua filha, também é filha de João Pedro, e Sílvia entrega suas ações para Célia, com o objetivo de se vingar de Branca, que não permite que a filha fique com Ferraço. A Universidade vira um campo de guerra, devido à disputa de poderes. A situação piora, pois Célia Mara descobre que Branca usa o cartão corporativo da Universidade para gastos supérfluos. Ela aproveita-se do fato para afastar a rival da presidência do conselho e assume a presidência. O fato causa o caos na UPM, com a suspensão das doações por parte dos beneméritos. Porém, há uma reviravolta, graças a uma atitude de Branca, fazendo com que ela vire o jogo; e atitudes impensadas de Célia Mara, como acusar o reitor Macieira de assédio sexual, voltam todos contra a amante de João Pedro, até mesmo Clarissa, que sofre de dislexia.

Branca é irmã de Barretão, considerado uma fera no Direito, porém muito preconceituoso. Ele é casado com a elegante Gioconda, considerada a última grande dama da sociedade carioca, que peca pelo vício em calmantes para tentar resolver os problemas, como se vivesse em uma redoma de vidro. Gioconda é amiga íntima de Lenir, que vive em sua casa se intrometendo nos seus probelmas com Barreto. Os dois são pais de Júlia, uma moça inteligente e ativa, que se apaixona por Evilásio Caó, enfrentando o preconceito da família por se envolver com um homem de uma classe social mais baixa e, ainda por cima, negro.

Evilásio é morador da favela da Portelinha, que a partir da determinação de Juvenal Antena, seu padrinho, cresceu e se tornou uma espécie de "favela-modelo". Líder nato, simpático, homem esperto e hábil nas palavras, Juvenal mantém firme seu compromisso de não deixar drogas e violência entrarem no local e de não faltar nada a seu povo.

Do sonho para a realidade foi um pulo. Juvenal se reuniu com seus amigos, outras figuras respeitadas pelo grupo: o pastor evangélico Inácio Lisboa, o carpinteiro Misael Caó, pai de Evilásio, a mãe-de-santo Setembrina, que mostrou na novela a pratica da umbanda feita para o bem das pessoas, sempre aparecendo suas obrigações espirituais para Oxum, sua "mãe- de - cabeça" e Oxalá seu "pai- de- cabeça" e o dono de vans Geraldo Peixeiro. Com a ajuda ainda do secretário de Estado de Serviço Social Narciso Tellerman, hoje deputado federal, Juvenal organizou uma invasão ao terreno da GPN e firmou sua comunidade no local. Toda a população respeita seu líder, que não aceita nunca ser contestado - o que ocasionará divergências com seu braço-direito, Evilásio - mas que sempre age pelo povo. Estas divergêncas têm início quando a Portelinha é invadida e Juvenal fica hospitalizado, deixando Evilásio tomando conta de tudo, e têm seu auge quando ambos se candidatam a vereador.

A Portelinha agita a trama. É lá que se encontra, por exemplo, a família de Bernardinho, um jovem homossexual explorado pelo pai, Bernardo, pela madrasta, a dissimulada Amara, e pelos irmãos João Batista e Benoliel. Mas o rapaz acabará se apaixonando por Dália, sua melhor amiga, que ele ajudou a salvar das drogas. É ainda na Portelinha que vive Alzira, prima de Célia Mara e mãe de dois filhos, Dorginho e Manuela. Uma mulher de bom coração, mas que engana o marido, o imprestável Dorgival, ao dizer que trabalha como enfermeira, - já que ela sustenta a casa há quinze anos - quando na verdade faz strip-tease na Uísqueria Cincinatti, dirigida por Jojô, seu melhor amigo. A certa altura da história, Alzira acaba conquistando o coração de Juvenal.

Porém, Marconi Ferraço comprou também o terreno da GPN e entrará numa batalha judicial e moral contra Juvenal Antena.